domingo, 27 de julho de 2008

Não se achou um só homem



Artigo escrito por Aux. Antônio Simão


O homem estava no meio de uma grande cidade. Para ele era aquela a mais importante metrópole do mundo pelo papel relevante que desempenhava; era o centro de convergência de todos os povos. Aquela era sua cidade, a capital do seu país, a terra dos seus antepassados.

Desfila em seu pensamento um mundo infinito de idéias. Lembra-se o homem sonhador da glória da sua cidade, seu esplendor, seus dias de festas e alegria. Recorda-se do poder de Davi, da glória de Salomão e dos majestosos palácios construídos por esse monarca.

Esse homem é o profeta Jeremias. Nesse momento ele ouve estas palavras do Senhor: “Dai voltas às ruas de Jerusalém, e vede agora, e informai-vos, e buscai pelas suas praças, a saber se achais alguém, ou se há um homem que pratique a justiça ou busque a verdade, e eu lhe perdoarei” (Jr. 5.1).

É de admirar que estas palavras fossem proferidas em referência à cidade santa, o centro religioso de Israel, onde estava o famoso templo construído por Salomão. Em Jerusalém habitavam os sacerdotes do povo oráculo e ali realizavam diariamente os sacrifícios da manhã e da tarde. Naquela cidade pontificavam os maiores profetas do Senhor e para ela acorriam ansiosas as filhas da nação hebraica em suas caravanas de peregrinos. Suas almas sequiosas buscavam constantemente na voz dos profetas de Deus a palavra de orientação para o futuro do povo eleito e de todas as nações da terra.

Esta palavra do Senhor dirigida exatamente a Jerusalém expressa, entretanto, uma realidade universal que precisa ser entendida por todos os homens: todos são pecadores.

Confirmando esta triste verdade já afirmara um dos salmistas: “O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um” (Sl. 14.2,3).

Centenas de afirmações como esta poderiam ser citadas nas Escrituras. O apóstolo São Paulo sustenta que “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”. Por aí se vê que é triste a situação do homem em face do seu Deus.

Mas não se desespere o leitor. Há ainda um recurso. A mesma Bíblia que apresenta o quadro do homem no seu estado de pecado e perdição, revela também o remédio eficiente e infalível contra esse mal. Deus colocou na boca do profeta Isaías estas palavras: “Ainda que os vossos pecados sejam como escarlata, eles se tornarão como a branca lã” (Is. 1.17).

Contra o poder danoso do pecado existe a Redenção universal de Cristo. Em recebe-la na sua plenitude consiste a suprema felicidade dos homens.


Antônio Simão

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