quinta-feira, 31 de julho de 2008

Compre seu espaço no céu!



July 26th, 2008 by René Vasconcelos

Se lembra da taxa cobrada pelo igreja católica da Idade Média para perdão dos pecados, a famosa indulgência? Não, você não lembra porque não era vivo na época, mas sabe do que falo, correto? Esqueça tudo isso… o negócio agora é a venda ON LINE do seu pedacinho no céu.

O site americano Reserve a Spot in Heaven (reserve um espaço no céu) oferece kits para você morrer confiante; o kit vip, que custa 16 dólares, inclui:

- Certificado celestial de ter seu nome impresso no livro da vida;
- Passagem de primeira classe para o céu;
- Cartãozinho de identificação celestial, para você ser identificado sem problemas no paraíso;
- Guia com 101 detalhes sobre o céu, para que você não se perca, e
- Acesso às áreas VIP, como a terra que mana leite e mel.

Achou maravilhoso? Eles também possuem um site que vende espacinhos doloridos no inferno. No site Reserve a Spot in Hell, você consegue comprar um espaço no inferno para uma pessoa que você deseje. O pacote VIP inclui uma nadada no lago de fogo. O povo tem imaginação, né?

Os criadores dos sites são Edgar Kim e Nathan Davis de Tacoma, Washington. Eles não são religiosos, nem muito menos estão ligados a alguma organização religiosa. Simplesmente tiveram a idéia de ganhar dinheiro vendendo lotes pós-vida. Eles explicam que não é o céu de Jesus, Buda ou Alá; é simplesmente céu. Questionados se eles acham que vão para o céu vendendo esse tipo de coisa na internet, eles respondem: “tem gente vendendo coisa pior na internet”. Sinal que eles já adquiriram o espacinho deles.

Brincadeiras a parte, os caras podem criar o site que quiserem na internet. Idiota mesmo é quem comprar o kit. Se bem que… é tanta gente vendendo coisa parecida nos púlpitos das igrejas… é cura milagrosa pra lá, suor santo pra cá, perdões sem arrependimento acolá, prosperidade instantânea mais ali. Esses sites não são muito diferentes das igrejas de hoje em dia; a única diferença é que, diferente das igrejas, os sites não disseram, em nenhum momento, estar falando em nome de Jesus.

Fontes: Blog Hasbadana, The Washington Post

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