A chamada do profeta Jeremias se consistiu na missão de alertar seus compatriotas quanto ao abandono da fidelidade ao Senhor. O povo de Judá, embora tivesse sido ensinado pelo Senhor a respeito de tão abominável pecado, que deveria evitar, se perdeu na prática da idolatria, adorava outros deuses, imitando os povos circunvizinhos. Entre estes deuses haviam Baal e Astarote (Êxodo 20.3-6).
O que era pecado, aos contemporâneos de Jeremias, era tido como correto. Eles escarneciam do profeta e de Deus. Diziam que o Criador era incapaz de agir, fosse para o bem ou para o mal. Por tamanha apostasia, o profeta predisse que Judá e Jerusalém seriam exilados. O que veio a acontecer não muito anos depois.
O nome do falso deus Baal, em sua origem, nos tempos mais remotos, não era nome próprio, significava senhor ou dono, empregou-se para caracterizar a relação da divindade com o seu senhor, também era usado para indicar a relação do homem com a sua mulher, então sendo usado o termo marido.
Posteriormente, foi usado como nome composto para designar o deus de cada lugar, como por exemplo Baal Peor, o dono do monte Peor. Cada região cultivada possuía seu próprio Baal que, segundo a crença fecundava a terra por meio de suas fontes e a quem, como dono divino, se devia tributo. Havia várias formas de Baal, que eram encontradas em diversas cidades. Baal-Berite (Senhor da Aliança), adorado em Siquem; Baal Zebube (Senhor das Moscas) adorado na cidade de Ecrom pelos filisteus). Veja: Números 25.3; Juízes 8.33; 9.4. Baal também era chamado de Hadade, e adorado em todas as povoações da fenícia.
O plural “Baalin” é referência às sua várias representações, locais ou regionais.
Baal era o mais conhecido dos deuses de Canaã, acreditava-se que ele era o principal deus responsável pela fertilidade, pela germinação dos plantios, pelas multiplicações dos rebanhos e pelo aumento dos filhos na comunidade.
Durante certo tempo o culto a Jeová e a Baal foram duas religiões que seguiram seu curso em paralelo; no entanto, com o passar dos anos a adoração ao Senhor Baal ou Senhor de Canaã assumiu hegemonia expressada em rituais hediondos e imorais.
O culto a Baal foi uma das piores tentações dos israelitas, desde os tempos antigos Levantaram altares nos terraços das casas, nas ruas de Jerusalém e em todas as cidades de Judá (Juizes 2.13; 1º Reis 16.31-32; Jeremias 7.9; 11.13; 32.29).
Baal era a divindade masculina e Asera a sua companheira, conhecida também como Astarote. Asera era a equivalência feminina de Baal entre os fenícios e os cananeus, e chamada pelos isrelitas de Poste-Ídolo.
O culto a Baal introduzido em Israel por Acabe foi o Melkart de Tiro.
E.A.G.
Fonte: http://belverede.blogspot.com
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